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As fibras musculares se adaptam ao tipo de treinamento

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Mensagem por SeuCuca Seg 14 Fev - 2:28

Você já parou para observar a diferença do físico de um maratonista e um corredor de curta distância ou a diferença entre um bailarino e um culturista? Torna-se óbvio que existe uma diferença e como a musculatura esquelética reage a diferentes formas de treinamento.

Antes de nos lançarmos em frente , vamos determinar do que basicamente é composto o músculo:

- De aproximadamente 25-30% de massa muscular composta de miofibrilas que é mais conhecida como proteína contrátil, formada por actina, miosina, troponina e tropomiosina.

- De aproximadamente 20-30% de sarcoplasma, que é um líquido gelatinoso intracelular.

- De aproximadamente 10-20% de mitocôndria, que é um fator enegético contido em cada célula.

- De componentes viscoelásticos, tais como os capilares, depósitos de gordura, glicogênio, tecido conjuntivo e outros componentes subcelulares, que constituem a porcentagem restante.

O treinamento de característica aeróbica resulta no aumento da massa miocondrial, de enzimas oxidaivas e densidade capilar. O treinamento de característica anaeróbia, como o culturismo e provas curtas, resulta em músculos mais volumosos, o que seria explicado pelo aumento de miofibrilas, aumento o volume sarcoplasmático e ou aumento de tecido conjuntivo.

Porém, ainda não é tão simples. Ocorre que existem diferentes tipos de fibras musculares em nosso organismo. Da mesma forma que como o número de fibras que cada indivíduo tem, também a porcentagem do tipo de fibra muscular é determinada geneticamente. As fibras musculares podem ser classificadas em dois granes grupos (ainda existem as fibras intermediarias): Fibras anaeróbicas, tipo II ou branca e Fibra aeróbica, tipo I ou vermelha, cada grupo tem as suas subdivisões, mas não nos deteremos nelas e sim nas características gerais:

A. As fibras anaeróbicas são mais rápidas e não dependem do oxigênio como fonte de energia e sim de substancias energégicas encontradas entro da celula denominada de trifosfato adenosina (ATP) e fósforo creatina (CP). Estas fibras só podem ser acionadas por curto período de tempo.

As fibras aeróbicas como já diz o nome, utilizam o oxigênio como fonte de energia para a sua contração e podem trabalhar por longos períodos de tempo.

B. Ambas as fibras têm capacidade de produzir energia aeróbia e anaeróbia. Nenhuma fibra é completamente aeróbia ou completamente anaeróbia; pode, sim, haver predominância de uma ou e outra.

C. Há uma intensidade de 100%, todas as fibras trabalham ao mesmo tempo. Com o passar do tempo as fibras anaeróbias deixam prograssivamente de ser recrutaas e as aeróbias passam a predominar.

D. Ambos os tipos de fibras crescem e se tonam maiores e mais fortes quando submetidas a uma carga de treinamento. As fibras brancas são cerca de 22% maiores em diâmentro que as vermelhas. Por isso, culturistas campeões parecem ser geneticamente mais dotados e fibras brancas.

E. A fibra muscular pode modificar a sua característica até determinado ponto, dependendo do tipo de treinamento que receber. Isso significa que podemos desenvolver maior capacidade de resistência numa fibra branca e aumentar a potência e a força da fibra vermelha através de um programa específico de treinamento. Contudo, é mais fácil conseguir modificações no sentido aeróbio, ou seja, é mais fácil um corredor de 100 metros se tornar um corredor de longa distância do que um maratonista passar a realizar provas curtas.

Depois destes conhecimentos fisiológicos básicos sobre o crescimento muscular, podemos concluir que existem formas diferentes para treinar, dependendo do objetivo de cada um.

Para nós culturistas, toda esta história relacionada com o metabolismo aeróbio (mitocôndria, enzima oxidativa etc...) não diz respeito a ganhos de massa muscular, apesar de que seja conveniente realizar atividades aeróbias em concordância com o treinamento com pesos por questões relacionadas à saúde. Na verdade, o músculo cresce devido a hipertrofia da fibra muscular ou talvez também por hiperplasia. Mas se você estiver mesmo a fim de encolher, corra bastante. Para manter a saúde, cerca de 20-30 minutos de aerobiose 3 vezes por semana é o suficiente para a maioria de nós, muito embora atletas competitivos realizem muito mais aerobiose em fase pré-competitiva, dependendo da quantidade de tecido gorduroso que necessitem perder.

Créditos:

Livro: Anabolismo Total

Autor: Waldemar Marques Guimarães Neto

Comentários: EXCELENTE livro, extremamente recomendado.




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